REVIEW | Vagante é uma simples mas empolgante aventura roguelike

Sagitta Tech
4 min readFeb 5, 2022

Com o crescimento exponencial dos games indie nas últimas décadas, o gênero roguelike foi um dos que teve mais destaque nesse ramo de jogos independentes. Com vários títulos de peso como Dead Cells, Spelunky, Biding of Isaac e até o mais recente Hades, é complicado criar um jogo que traga uma novidade para esse cenário. Dessa forma, a melhor aposta é fazer um jogo bem elaborado e tecnicamente polido. E é justamente isso que Vagante faz.

Uma cópia digital de Vagante para Xbox me foi cedida para análise pela BlitWorks Games e, depois de passar várias horas explorando um mundo mágico e repleto de possibilidades, trago uma review completa desse indie que, mesmo simples ao primeiro olhar, possui grandes atrativos no gênero dos roguelikes.

A jornada começa

Desenvolvido pelo estúdio Nuke Nine e publicado pela BlitWorks Games, Vagante é um game inovador do gênero roguelike ao misturar elementos de RPG à mecânica dos cenários e inimigos gerados de forma procedural. Logo no início da sua aventura, o jogador pode escolher entre várias classes de personagens que tem características de jogabilidade únicas, seja com ataques corpo-a-corpo, mágica ou ataques à longa distância.

O melhor de tudo é que, à medida que você progride, mais personagens são liberados para você experimentar! Isso é uma ótima forma de manter o jogador engajado com a experiência — algo que muitos roguelikes falham ao criar uma jogabilidade repetitiva demais e com uma distribuição não-balanceada de itens, habilidades e desafios. Uma vez que você inicia sua jornada em Vagante, vai demorar um pouco até que você decida largar o controle.

Vagante é um jogo que, com o melhor que um roguelike pode oferecer, fica muito melhor quanto mais você joga ele. E não são apenas as habilidades de seu personagem que ficam mais desenvolvidas, mas também as diferentes formas que você aprende a utilizar elementos do mundo de maneira vantajosa. Depois de algumas partidas, você irá descobrir que existem diversas formas de derrotar um inimigo específico ou ultrapassar um obstáculo, basta saber se você quer optar pelo caminho mais “elegante” ou pelo mais “bruto”.

Mesmo assim, pode levar um certo tempo até a experiência realmente começar a ficar interessante. Vagante tem um breve tutorial durante a primeira jogada que ensina ao jogador as mecânicas básicas e, a partir daí, abre seu mundo procedural para a livre (mas limitada) exploração. Não espere experimentar muitos conteúdos diferentes após 10 ou 20 jogadas, pois somente a partir das 30 em diante, Vagante definitivamente mostra suas verdadeiras cores.

Beleza pixelada

Em termos visuais, Vagante se inspira fortemente no estilo “pixelado” de outro roguelike de sucesso, Spelunky. Porém, todas as sprites de elementos, personagens e inimigos são ricamente detalhadas e com animações próprias que não transmitir nenhuma sensação de “pobreza gráfica” ao game. Talvez a única questão nesse quesito visual que possa incomodar um pouco o jogador é o quão escuro ele pareça, levando certo tempo para se acostumar com a luminosidade dos cenários. Sempre existe a opção de ajustar o brilho, mas jogar Vagante com muita luz quebra um pouco da atmosfera mágia do game.

Outro ponto de destaque do título é sua trilha sonora. Misturando um clima de suspense, aventura e um toque de sons eletrônicos, a música de vagante cria o ambiente perfeito para passar horas explorando diferentes cenários e derrotando os mais diversos inimigos. Além disso, o jogador irá desbloquear melodias alternativas à medida que progride na aventura, permitindo assim ajustar a sua jogada de acordo com seu gosto musical predileto para o game.

Um roguelike para jogadores pacientes

Vagante sabe misturar muito bem a mecânica dos games roguelikes com elementos RPG para criar uma experiência que se destaca no gênero. Com visuais simples, mas bem trabalhados, o game proporciona um leque variado de personagens, habilidades e desafios para ultrapassar. Mesmo assim, a jornada pode demorar a se tornar interessante e mortes “bobas” causadas por armadilhas ou ataques surpresas de inimigos podem incomodar o jogador.

Opinião final: OK

Por Luís Antônio Costa.

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O Sagitta Tech é uma página dispara uma flecha certeira na direção do que é mais interessante no mundo da tecnologia e games, por Luís Antônio Costa.

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