REVIEW | A Força é forte em LEGO Star Wars: A Saga Skywalker

Sagitta Tech
6 min readApr 11, 2022

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Apesar da sua atual popularidade, são poucos os que sabem de onde vem a fama dos games da franquia LEGO: explorando a saga Star Wars. Lançado em 2005, LEGO Star Wars trazia uma abordagem divertida e inusitada para os primeiros filmes da saga (episódios I, II e III) que conquistou o coração de muitos fãs. Agora, mais de 17 anos depois, a desenvolvedora Traveller’s Tale traz toda a saga Skywalker com os seus nove episódios em um único game com todo o charme dos blocos de montar.

Uma cópia digital de Lego Star Wars: A Saga Skywalker para Xbox Series S me foi cedida para análise pela Warner Bros. Games e, depois de passar várias horas explorando uma galáxia muito, muito distante e brincando com os poderes da Força, trago uma review completa desse game divertido que presta uma bela homenagem à saga de ficção-científica mais famosa do cinema.

A Força está te chamando

Não é um trabalho fácil criar um videogame para abranger quase 50 anos de filmes. Enquanto o primeiro longa da saga foi lançado em 1977 (e lá ele se chamava apenas “Star Wars”), somente em 2019 a saga Skywalker terminou com “A Ascenção Skywalker”. E não são apenas os filmes da saga principal que a Traveller’s Tales teve que estudar para colocar no seu jogo, mas conteúdos do filme Solo e da série The Mandalorian também. No final, você tem uma linda homenagem feita com blocos de montar contendo mais de 300 personagens diferentes para você utilizar!

Ao iniciar o game você tem acesso ao primeiro episódio de cada trilogia. Tentando seguir a ordem cronológica, iniciei pelo Episódio I: A Ameaça Fantasma. Apesar de você poder mudar de episódio a qualquer hora através do menu, eu fortemente recomendo que você tente seguir alguma ordem para aproveitar melhor as cutscenes e as piadas que recheiam essa aventura de blocos coloridos.

E as piadas estão ainda melhores do que nunca já que atuação por vozes é utilizada no game. Infelizmente as vozes originais dos filmes não estão presentes, mas a equipe de dublagem fez um trabalho tão fantástico que, mesmo para um fã da saga é difícil perceber a diferença. Para quem curte nostalgia, o game ainda possui um extra chamado “Modo Murmuros” que pode ser desbloqueado para fazer com que todas as personagens fiquem murmurando suas falas, como nos games originais.

Importante notar que LEGO Star Wars: A Saga Skywalker não é um remaster de LEGO Star Wars: A Saga Completa, mas sim um remake dos games originais contendo todos os filmes da saga em um pacote compacto (e amplo, ao mesmo tempo). Fan-service é a palavra-chave por trás desse jogo, cobrindo os principais eventos de toda a saga da forma mais engraçada que os blocos de montar mais famosos do mundo podem conceber. Mesmo os momentos mais “sérios” dos filmes são tratados de uma forma leve e cômica. Afinal de contas, é um jogo voltado para o público infantil e também para os fãs de carteirinha da saga.

Monte. Ou não monte. Tentativa não há

A essência da jogabilidade LEGO ainda está presente em A Saga Skywalker. Apesar de o jogo focar menos nos puzzles para progredir, o combate foi aprimorado e está mais desafiador do que nos games anteriores. Claro, morrer ainda é algo tranquilo, já que o personagem pode reviver instantaneamente, mas perder seus studs (a moeda do mundo LEGO Star Wars) agora pode diminuir suas chances de conseguir mais Blocos de Kyber ou mesmo atingir o nível “Verdadeiro Jedi” de um estágio.

Os Blocos Kyber agora substituem os Blocos Vermelhos dos games originais e, além de liberar extras como disfarces, ímãs de studs, entre outros, eles também podem ser utilizados para comprar melhorias para cada categoria de personagem. Porém, considerando o diverso leque de melhorias que você pode obter é altamente recomendável que você foque nos objetos opcionais de cada nível, pois ao concluir cada um você conseguirá um Bloco Kyber!

E não foi apenas o combate corpo-a-corpo que foi melhorado, mas as lutas armadas ficaram muito mais interessantes. A mecânica dessas lutas de armas a laser (ao melhor estilo phew-phew!) já havia sido utilizada em LEGO Star Wars: O Despertar da Força, mas aqui elas são utilizadas de forma mais constante para tornar os momentos mais icônicos de Star Wars ainda mais divertidos e emocionantes de reviver no game.

No entanto, enquanto as mecânicas clássicas da franquia LEGO e novos elementos são aproveitados de maneira brilhante ao longo dos nove filmes, o ritmo dos estágios é quebrado por travessias demasiadas longas por hubs que compreendem diferentes locais. Por exemplo, no Episódio I, enquanto a clássica luta entre Qui-Gon Jinn e Darth Maul é substituída por uma cutscene, logo após regressar a Naboo você precisa percorrer todo o caminho até a cidade de Otoh Gunga apenas para descobrir que ela está vazia e localizar o verdadeiro esconderijo dos Gungans.

É compreensível que a Traveller’s Tale tenha adotado essa estratégia em todos os enredos dos filmes para criar uma sensação de coesão entre os diferentes cenários e cenas, mas ela bagunça demais o compasso da sessão de gameplay. Os mundos hub como Naboo, Coruscant, Tattooine, etc, são muito interessantes de explorar, mas eu preferia que isso fosse guardado para o final da história de cada episódio, e não inserido no meio da trama de forma estranha e desnecessária.

Poder! Poder ilimitado!!!

Mesmo com todo o carisma, as piadas e a diversão simples (mas engajante) de LEGO Star Wars: A Saga Skywalker, ele é um game para um público seleto: os fãs de Star Wars. Claro, não é complemente impossível que alguém que não seja fã da saga ou não tenha visto os filmes irá se divertir com o jogo, mas aquele que for amante dos Jedi (ou dos Sith, quem sabe) irá aproveitar essa aventura eletrônica com blocos de montar muito melhor.

Além disso, considerando os diferentes mundos hub que você pode explorar, são horas de diversão e segredos para encontrar. Para se ter uma ideia, depois de terminar todos os estágios da campanha principal dos nove episódios da saga, eu somente havia completado 0.7% do jogo todo! Não se esqueça também de testar as diferentes interações únicas entre diferentes personagens, depois de desbloqueados. Por exemplo, se você tiver junto um Kylo Ren e um Darth Vader, um diálogo divertidíssimo será acionado.

LEGO Star Wars: A Saga Skywalker não está aqui para reinventar as mecânicas da franquia LEGO, mas sim para trazer a versão definitiva de toda a jogabilidade divertida e carismática que a Traveller’s Tale é reconhecida por incorporar em seus games. Se você é fã de Star Wars, gosta de LEGO e está disposto a dar boas risadas enquanto brinca com blocos de montar de uma galáxia muito, muito distante, então esse game não irá decepcioná-lo, meu caro Padawan.

Opinião Final: MUITO BOM

Por Luís Antônio Costa

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O Sagitta Tech é uma página dispara uma flecha certeira na direção do que é mais interessante no mundo da tecnologia e games, por Luís Antônio Costa.

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