OPINIÃO | A distante utopia da democracia racial

Sagitta Tech
2 min readMar 1, 2019

Apesar dos constantes avisos de biólogos e geneticistas que o conceito de “raças” dentro da espécie humana é um pensamento obsoleto e arcaico, o preconceito racial ainda vigora em maior ou menor escala por todos os cantos do mundo.

Não faltam soluções propostas e inicitivas idealizadas visando uma resposta para esse problema tão enraizado na sociedade contemporânea. Infelizmente, parece que conviver com pessoas de cores e origens diferentes continua sendo um problema grave na psique humana. A ideia de uma sociedade racialmente democrática persiste como um utopia sem um futuro brilhante pela frente.

O ser humano é socialmente conhecido por aversão ao que lhe é diferente, novo ou que simplesmente foge dos padrões de normalidades. Não é uma característica incomum, afinal de contas todos os animais em geral possuem esse traço que parece ter origem genética. Um resultado disso é a cultura da homogenização racial que a humanidade cultivou ao longo de sua breve existência nesse mundo (seja pela escravidão ou por meios de extermínio em massa).

De uma maneira ou de outra, a raça branca (principalmente) tentou “purificar” a sociedade à base de um conceito de hierarquia social que nós mesmos criamos com uma necessidade patológica de termos alguns como membros superiores e os demais como a parcela inferior da população. Dividimos a raça humana em diversas sub-raças enquanto nossos genomas — tão semelhantes, mas tão distantes — gritavam em uma só voz: por quê?

Nas últimas décadas do século XX, movimentos anti-racistas fervilharam com ideias de igualdade entre todos os humanos. Devem-se a muitos deles os direitos que negros, índios e outros grupos marginalizados ao longo da história conquistaram a duras penas.

Porém, outras iniciativas sociais como o sistema de cotas para as universidades dirigidos a negros e indígenas acabaram se tornando uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que tentam corrigir um “erro histórico”, eles incitam mais ódio e racismo pelo outro lado.

A realidade é que o humano, por natureza, é um ser preconceituoso. Todos nós temos preconceitos, por menores ou maiores que eles sejam. A questão é por quanto mais tempo essa característica tão inerente à psique humana continuará servindo de freio ao nosso progresso social e moral e como arma para derramar tanto sangue injustamente.

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O Sagitta Tech é uma página dispara uma flecha certeira na direção do que é mais interessante no mundo da tecnologia e games, por Luís Antônio Costa.

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